sexta-feira, 25 de julho de 2014

Vai por mim - dia dos Pais

Miga, e aí? Tudo tranquilo? Na paz? Correria? Na loucura? Tá bolada? Unha por fazer? Cabelo com frizz? Acompanhando O Rebu? Se amarrando em O Império? Precisa parar de comer doce? Esquece tudo, vamos falar de coisas que realmente importam, tal como o presente pro maridão. Minha querida, na boa, só aqui entre nós, chega dessa parada de cueca, meia, camisa e ferramenta, na boa. Por mais que você dê 37 pares de zorba, com janelinha pra espiar e tudo, as de fé nunca abandonaremos, nunca! E não adianta você blasfemar dizendo que parece um saco de batatas, que tá rasgada, que perdeu o elástico, que tá fuló (essa é nova, minha mulher diz isso quando ela sobra na bunda) ou mesmo que tá com aquela freada que nem o vanish poder O2 tem a coragem de desafiar no comercial. 

Não mete essa! Logo você, que eu sei, não adianta negar, que esconde lá no fundo da sua gaveta de roupa íntima aquela ceroula bege que você veste dizendo que é calcinha e que adora porque te deixa mais confortável. Que tem aquela com um palmo na cintura, que nos casos mais graves chega a tapar o umbigo. Que guarda com carinho aquela que tem tanta coisa bordada que mais parece uma toalha de mesa ou um trabalho de freiras rendeiras moçambicanas no ponto e cruz. Façamos um acordo antes que fiquemos ambos sem as partes debaixo, já que se virar provocação não sobra uma, calcinha ou cueca. Deixa isso pra lá.

Aí vem a camisa, clássica. Esse é o presente que nos obriga a desempenhar um papel quase digno de oscar. Você pega aquele embrulhinho da Renner ou da C&A e já prepara uma cara de extrema surpresa com o porvir: "meus deus do céu, o que será?" "Nossa, nesse embrulho pode ser qualquer coisa!" "Acho que vou gostar, hein, tô sentindo!" Aí abrimos e vem aquela camisa básica de uma cor só. Uma não, duas porque era promoção. Não conseguimos disfarçar e damos aquele sorrisão amarelo, vestindo e tudo: "fiquei bem, hein?". Vocês dizem "Se não gostou pode trocar" e nós vamos responder "que trocar o quê, estão ótimas", isso já na frente do espelho. Todas vão perceber, mas somente algumas vão ligar rs. No meu caso minha mulher falou: "mas você tem um monte dessas, não é assim que você gosta"? E eu, ariano que sou, mania de sinceridade, mandei: "justamente por isso não precisava de mais rsrs. E aí pronto, fechou o tempo no dia dos pais rsrsrsr. Deixa disso, mulher, pensa em algo mais surpreendente, você consegue.

E meia então? Chega logo de pacotão! De 6, de 12 e vambora. Tenho a impressão que algumas mulheres encaram seus homens como centopeias desvairadas, só pode rs. "Homem sempre precisa de meia" vocês dizem. Ora, mulher sempre precisa fazer as unhas e nem por isso damos de presente pra vocês no dia das mães um cortador de cutícula da mondial. Ou mesmo um conjunto especial de lixas da sola do pé, aliás, coisa que sempre achei estranhíssima. Melhor, uma pinça pra vocês tirarem aquele cantinho de buço na janela, segurando um espelhinho e aproveitando a claridade. Pensou em meia? Dê meia-volta!

Ferramenta nem vou entrar no mérito. No meu caso, tenho uma chave de fenda, uma de estrela - philips - e um alicate. E só tenho porque minha irmã passou a questionar minha masculinidade por não ter nenhuma em casa, aí já é demais. "Como um homem não tem um alicate em casa?" Então corri na Casa & Vídeo e comprei um. Ela fez a mesma coisa com meu irmão que, sentindo-se mais atacado, comprou logo uma caixa delas. Não sabe nem pra que serve, mas tá lá, pra quem quiser ver como é varão. Mesmo que seu maridão goste, abandone essa ideia. Com certeza ele sabe o que é melhor, mais barato, que atende suas necessidades e o principal: gosta de comprar pessoalmente. E na boa, seria o equivalente a vocês ganharem um jogo de panelas.

Então você vem e me pergunta: "muito bem, sabichão, então qual é a saída?" Tenho várias, mas creio que cada uma é capaz de imaginar uma que caiba certinho no seu maridão, personalizada atrás e tudo, com as cores do seu clube rs. Se ele não é chegado ao esporte, veja uma coisa que acha que ele vai gostar, o que não quer dizer que ele esteja precisando. Um vale-night pra falar idiotice com os amigos, um dia de mordomias, um combinado especial pra saliência, sei lá, vê aí. Notou que muitas não envolvem nem R$1,00? Não foi você que casou com este cidadão? Como bem diz um professor meu, o principal é saber o que você não deve fazer. O que vai ser feito daí em diante, a partir disso, já tem uma grande chance de êxito.

Vale o porta-retratos, o chaveiro do colégio, o trabalhinho de reciclagem, a pintura rupestre com seu nome escrito em aramaico ou o vídeo com depoimento no face, tranquilo, faz parte e gostamos. Mas entendam que esse é apenas o presente do pai. Falta dar aquela caprichada no presente do seu homem, não confunda, rs. E na boa, não tem coisa mais fácil do que nos agradar, vocês sabem melhor do que nós.

Bem, depois disso só me resta esperar mas, por via das dúvidas, já comprei recentemente 12 pares de meia e renovei as cuecas. Camisa, pelo visto, nunca mais ganharei e ferramenta já deu pra ver que tenho até mais do que preciso. Agora é só rezar. Ao quadrado.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Recompensa



Você encara o parto, vendo aquele sangue jorrando, sua amada toda aberta. Sempre sorrindo pra que ela não perceba seu desespero. Sai um, sai outro, é sucção no nariz, é pano na cara, é teste de apgar, tira medida, vai pra lá, vai pra cá e você do lado, garantindo que tudo seja feito da maneira correta.

No primeiro cocozinho você está lá, limpando aquele mecônio que parece sabão em pasta com um sorriso largo, achando tudo engraçado.

E aí quando você termina, depois de gastar 73 bolas de algodão, percebe que o rolinho ao lado deu aquela caprichada também. Você segue firme e parte para nova empreitada.

Você fica olhando praquele umbigo pendurado pensando “que bagulho estranho!” mas encara e mergulha o cotonete no álcool 70 pra limpar, e limpar e limpar até ele cair, necrosado e duro.

Você fica zumbizando durante meses, sem dormir pra que eles durmam. Acorda toda hora e olha pra ver se tá respirando, se não virou, se não golfou, se não engasgou, se não fez cocô, se não fez xixi, se tá quentinho, se tá com frio.

Você encara o primeiro banho como se fosse algo normal, como se não estivesse se borrando de medo em jogar água naquele bebê todo molenguinho, com a cabeça incerta precisando de apoio. A água deve estar na temperatura certa, cuidado com o olho, com o ouvido, com o umbigo balangando. Cuidado na hora de virar, vai escorregar! Limpa a dobrinha, molha a cabeça, você está suando, em bicas, mas ele tá limpinho. E quando você respira, olha pro lado e o segundo pacote já está sendo entregue. Recomeça.

Emergência na madrugada. Acorda, vomita, 3 da manhã. Você levanta, limpa aquilo e tenta voltar a dormir. Outro choro, nova golfada. Você levanta e limpa novamente e já sabe que perdeu, nem deita mais. Tá bom, xingo meio mundo, duvido da existência de Deus e blasfemo contra minha mulher. Mas o chão fica limpinho.

É cavalinho, é cangote, é luta é boneca. Atividades, reciclagens e tudo mais o que você acha importante para que desenvolvam sua criatividade. 

E não pense em aparecer com genéricos. Toddynho é toddynho, biscoito da vaquinha só com chocolate maltado e batata só Ruffles. 

De noite você conta historinhas intermináveis, levando em conta os comentários e adendos de cada um a cada página. Você vai dormindo e percebe que está falando aramaico e que o João do pé de feijão está se separando da Cinderela porque descobriu que a Ariel tinha um caso com a fera. 

Você faz os melhores planos, imagina o futuro e tenta garantir que seus sonhos se realizem. Oferece o que de melhor você tem, ainda que por vezes deixe escapar algo pior. Dá carinho, amor, diz não, enfrenta birra, separa briga, pede silêncio. Procura ser uma referência que ajude a melhorar esse mundo cão.

Aí chega mais uma noite, mais uma hora de dormir.

Você se prepara, arruma a cama e o espírito. Eles entram no quarto.

Sobem na cama, cada um na sua.

E oferecem a recompensa por tudo que você fez por eles:

RÁ RÁ RÁ RÁ RÁ

NO LEPO LEPOOOOOOOOOOO

RÁ RÁ RÁ RÁ RÁ

NO LEPO LEPOOOOOOOOOOO

Ao quadrado....

Onde foi que eu errei?????

domingo, 20 de abril de 2014

Procurando pelo em ovo (de Páscoa)

Nada a ver com o texto, mas é muito boa rsrsrsr
Meus amigos, distintas senhoras, é chegada a hora do coelhinho e de seus detratores: os chocochatos. Eles são malvados, eles encheram seu bucho juvenil de chocolate, de todas as formas, de todas as cores, elas fazendo birra pelo do que vinha com fotos do Menudo dentro, eles querendo o do He-Man (vai vendo como estamos véios rsrs), se lambuzaram e mergulharam no cacau seguindo as patinhas pela casa. Mas aí cresceram, e passaram a tergiversar sobre o coitado, a dizer que o bichano é agente infiltrado do cramulhão capitalista pra seduzir e formatar crianças pro consumo. Isso sem falar nos textos apócrifos do face.

Tudo bem que tem ovos caros, que inclusive podem ser trocados na própria loja pelo seu carro ou um rim, mas convenhamos, com uma merrequinha dá pra fazer a alegria da garotada. Ou até mesmo sem nenhuma, basta imaginação e amor, o resto é resto, mas esse não é o ponto. Só não me amanheça vestido de coelhinho trazendo cenouras na cesta, aí é sacanagem com a molecada.

Eu tenho amigos que passam a semana da véspera percorrendo os supermercados e lojas americanas só quebrando o máximo de ovos que puderem para, no dia seguinte, amanhecerem na porta desses estabelecimentos com o intuito de arrematar os ovos, quer dizer, os restos de Páscoa. Aí compram tudo baratinho, com os olhos esbugalhados, babando e pensando "eu enganei o capitalismo! Otários!". Só não pararam pra pensar que um ovo quebrado não vale nada e que era muito melhor comprar um outro chocolate que, com certeza, será mais barato. Pode ser um daqueles que eles comem durante todo o ano mesmo, não tem problema rsrs.

E como Páscoa é e sempre será Páscoa, assim como seus detratores e esmagadores profissionais de gostosuras ovais, resolvi postar aqui novamente uma carta que recebi tempos atrás. Remexendo em meus alfarrábios encontrei-a perdida no meio das traças e percebi que a cada ano ela se torna mais atual, daí sua republicação

Questão de direito ao contraditório. Ele merece. 

Prezado Cappelli,

De minha toca, degustando uma cenoura, acompanho o que vem sendo dito sobre mim pelo meu tablet. Já até mandei um imeioul alertando o Papai Noel, dizendo pra ele tomar cuidado, que os tempos mudaram e que ele avise paras as renas que, se os pedidos diminuírem, poderá acontecer um corte de pessoal. Sugeri também que, pelo andar do trenó, é melhor que ele emagreça. Não ficarei espantado se dentro em breve surgir uma campanha contra seus quilos a mais, o que poderia ser um péssimo exemplo para crianças com cada vez mais problemas de obesidade. #fica a dica.

No meu caso, é com grande espanto que assisto ao pulular de opiniões, o que me faz mexer o bigode dez vezes mais que o de costume, parece até um tique. Uma corrente me acusa de estar doidão e achar que coloco ovos de ouro com preços acima do mercado. Ora, meu amigo, todos sabem que o produtor é o que menos lucra no mundo dos negócios. Digo e repito: eu boto o ovo. O Homem bota na prateleira.

E se acharem melhor eu posso também colocar um ovo em barra, tranqüilo. Assim resolvo o problema dos que acham que não devem pagar mais pelo formato. Se existe carne de soja, que não é carne, não vejo nada demais. “Olha a barra de Páscoa!” Por mim, tudo bem. É só anunciar que são ovos de Páscoa prensados e estamos resolvidos. Como vocês humanos vão explicar isso pros seus filhos aí já não é comigo. Vão mostrar um retângulo e o menino vai falar: ovo! Daí pra terapia é um pulo.

Aos mais inflamados, que acham que eu transformei uma data sagrada em festival profano, que utilizo meus ovos para incitar criancinhas indefesas ao consumismo desenfreado, sugiro comprar ovos, ovais ou em barras, mais em conta. Ou então esperem passar a data para se deleitar na promoção dos ovos em cacos, um outro formato possível. Digo e repito: eu boto o ovo. O Homem bota o preço.

Aos que acham que o chocolate só engorda e que as crianças não devem comê-lo neste dia, somente nos outros 364, tudo bem, eu entendo. Sugiro ovos mais nutritivos, ovos verdes sabor brócolis ou ovos orgânicos de pepino e agrião. Digo e repito: eu coloco o ovo. O Homem coloca a caloria.

No futuro já imagino as crianças ganhando ovos de isopor, reciclado, é claro, que ao serem abertos trarão a surpresa: barrinhas de cereais. Pronto: vai ficar barato, não vai engordar e os pais poderão desfrutar do imenso amor que os filhos darão após serem agraciados com este ovo de grego. Digo e repito: eu coloco o ovo. O Homem coloca a neura.

Perdão pelo desabafo prolongado, amigo, mas meu pelo já tava até caindo de estresse. É difícil levar a culpa dos males do mundo sozinho.

Abraço,

Ricochete.




segunda-feira, 14 de abril de 2014

A alma do negócio




Na semana passada tivemos um prenúncio de incêndio no fantástico mundo de Bob. Maurício de Sousa teria defendido, na sua página do instagram, a publicidade voltada para o público infantil. Não vou entrar no mérito acerca da sua intenção ou não pois o que me importa é a publicidade em si, o que ela representa e em que medida se torna eficaz ou não.
Não sei se vocês sabem, mas a televisão foi criada com a intenção de ser um Polishop, de só ter propaganda. Um veículo pra atingir milhões de pessoas dentro de suas casas, um elo perfeito entre o capitalismo selvagem e seu bolso. Ou vocês nunca pararam pra pensar que quem sustenta todas as emissoras são os anunciantes dos intervalos? Mas como não são bobos, sabem que propaganda direto ou demorada iria nos afastar dessa estratégia e então colocaram entre elas programas que nos prendem, nos envolvem, com o único intuito de que permaneçamos sentados na sua frente na hora que vale de verdade: a do plim plim.
E como sabemos, minhas queridas, tem reclame pra todo mundo. Tem aquele voltado para as diferentes classes, para os diferentes vícios, para os diferentes gostos, para as diferentes idades, opções sexuais, desejos etc etc etc. Sempre existirá um profissional pensando no seu perfil consumidor, na sua capacidade de gastar, se endividar, honrar seus compromissos, dar calotes e abrir crediários intermináveis. Os 30 segundos são resultados de meses de pesquisas com grupos focais, com especialistas, sociólogos, psicólogos e afins, todos imbuídos da mesma missão: fazer você comprar.
E não se enganem. A maioria das propagandas infantis são feitas para atingir os pais. “Seu filho não pode deixar de ter isso, olha o que ele está perdendo, todos os amiguinhos deles vão querer (e ter), olha como ela vai ficar linda de princesa e ele de Super- herói”. Ela vê aquela roupinha linda e quer pra filha. Ele vê aquele carrinho maneiro e quer pro filho.
A não ser algum caso extraordinário que vocês me contem, me parece que, por mais eficaz que seja a propaganda, as crianças ainda não possuem cartão de crédito/débito para fazer com que elas completem seu circuito financeiro. E é isso que acho que não está claro para a maioria: nós somos o alvo, os que se rendem ao choro, à culpa, às emoções e nos casos mais extremos, às dívidas. É como aquele safado na praia que te vê com duas crianças e para na sua frente gritando “quem quer picolé, olha o picolé pra criançada, de chocolate...” rsrs
Elas vão querer, mas um minuto atrás não queriam, elas não precisam. Ele quer vender e sabe que a estratégia é fazer com que as crianças te convençam, não ele. Ele não quer que você compre um Chicabon pra você, longe disso. Quer que você se renda ao canto do capital.
São milhares os adultos que gastam e gastam e se enrolam todo com dívidas porque compraram de acordo com a publicidade. Parecem criança? A avó de minha Giullinda tem coisas do polishop guardadas no armário que ela nunca usou. Tem tanto bagulho que quando ela abre digo que é uma porta pra Nárnia rsrsr. Outro dia ela nos deu uma panela enrolada num jornal. Quando tirei e dei uma olhada tava noticiando o Golpe Militar rsrsrsrs.
 E quem não tem algo em casa que pouco usou, quase nunca, que comprou e não se afeiçoou mais tarde? Vamos acabar com o Polishop? Cortaremos as propagandas de refrigerantes? De tabletes? De celulares que também influenciam as crianças? Vamos pedir o fim dos desenhos animados, que depois viram bichinhos e álbuns de figurinha e roupas e tudo quanto é quinquilharia possível? Vamos pedir o fim do futebol, que fazem nossos meninos quererem chuteiras tais e bolas que tais? Vamos acabar com os shows de música que querem vender CDs e estilos? Vamos acabar com a TV????
Muitos de nós reclamam dos comerciais e trocam de celular como quem troca de cueca. De sapatos idem. Roupas que são usadas uma vez, quando muito. Um consumo desenfreado e sem sentido que causa muito mais influência do que qualquer comercial. O “seu pedido é uma ordem” que muitos oferecem gera crianças insaciáveis, já que o que eles querem é o limite, não do seu cartão de crédito, mas do não, do “não tenho dinheiro” e do “você não precisa disso”.
Sophia, lá em casa, quando passa uma propaganda ela sai falando: “tudo caro, é tudo mentira”. Thomaz manda um “eu quero, pai” e eu retruco “eu também, filho, compra, compra pra mim” rsrs. Na Ri happy - desespero total - canso de falar: "puxa filho, não tenho dinheiro pra comprar. Deixa eu trabalhar mais pra juntar um trocadinho e depois conversamos". É claro que não terá um depois porque o estímulo do momento sucumbe à necessidade de fato. E pra isso, em casos extremos, existem os avós rsrsrsrs.
Pode ser a propaganda que for, com o melhor dos marqueteiros mas nada, nada supera uma conversa com uma boa orientação. Sobre consumo, sobre o planeta, sobre a necessidade, sobre o valor, sobre as prioridades, sobre como é difícil ganhar o tutu para comprar aquilo. É claro que vez por outra podemos ceder, mas isso não pode, em minha opinião, ser a regra.
É ilusão achar que o fim da publicidade infantil, mesmo que efetivado, seja a solução para o consumo. As crianças não são marionetes na mão de publicitários malévolos. Entre a TV e qualquer outro tipo de propaganda e informação existe você e sua explicação, assim como quando se passa por um mendigo, que se vê um jornal com as tragédias cotidianas e demais acontecimentos. E desde cedo eles entenderão que, apesar de não ser o mundo ideal, existem escolhas que podem ser feitas para torná-lo mais aprazível. Inclusive a do canal.
Obs: seu filho anda dormindo pouco? Veja isso.